Somos duas amigas, nascidas no mesmo ano, mas em continentes diferentes, uma na terra do fado, outra na terra do samba, uma loira, outra morena, com um oceano pelo meio, mas que só fisicamente nos separa. Gostamos ambas de nos divertirmos e de coisas bonitas. Sim, vaidosas q.b.. As nossas intermináveis conversas com sotaques sobre quase tudo dão um blog. Porque ainda há muito a descobrir entre os dois países. E afinal não somos tão diferentes assim.



domingo, 5 de janeiro de 2014

"Farofa chique"

Tuca:
Acabei de ler esta matéria e achei muito interessante, por isto divido com vocês.


"O pessoal do cooler está invadindo a praia", afirma o vendedor Eduardo Scheid, 38, atrás da barraca onde vende bebidas – vazia ao fim de uma manhã de sol.

O diagnóstico, repetido à exaustão por outros donos de barracas de bebidas e alimentos, ocorre na badalada praia de Maresias, em São Sebastião, onde isopores e caixas térmicas já se espalham sob os guarda-sóis, em uma espécie de "farofa chique".

E às vezes, nem tão chique assim. "Ontem, trouxeram até um freezer de alumínio, compraram gelo e colocaram dentro", afirma a ambulante Marli Lima, 36, que diz trabalhar há mais de dez anos no litoral norte paulista.

"Antigamente em Maresias era um pessoal bonito, que não reclamava para comprar. Agora o pessoal está trazendo tudo de casa", diz Lima, que distribuiu 13 conjuntos de guarda-sóis e cadeiras para conquistar clientes – mais da metade deles, porém, levava a tiracolo uma caixa térmica "equipada" de casa.

Vendedores dizem já sentir queda de até 30% nas vendas nesta temporada.

"Neste ano, o que a gente vende em uma semana, antes vendia em um dia ", reclama Júnior Pereira, 20, que trabalha na região.

Economia
A única zona (quase) livre da invasão das caixas térmicas é a que fica em frente a alguns restaurantes badalados, que chegam a aumentar o valor cobrado de consumação caso isso ocorra — de R$ 20, o valor passa a R$ 35.

O valor se refere ao total cobrado por pessoa para o empréstimo de mesas, cadeiras e guarda-sóis em frente aos estabelecimentos.

Mesmo com a cobrança extra, turistas dizem que trazer a caixa térmica com bebidas extras vale a pena –principalmente para economizar na cerveja, a R$ 11 a garrafa.

"Ontem não trouxemos e a conta ficou em R$ 550 para dez pessoas", afirma a professora Rúbia Amaral, 34, que saiu de Rio Claro, no interior de São Paulo para passar o Réveillon em Maresias.

Nas barracas, uma lata de cerveja pode custar até R$ 7.

SEM DESPESA
"A única coisa que gastei até agora foi uma água de coco", afirma o gerente de novas mídias Diego Felice, 30, no meio de uma tenda com mais de 12 familiares e amigos – incluindo uma caixa térmica com água, cerveja, e salgadinhos.

O casal Fernando Park, 32, e Alessandra Oliveira, 25, também aderiu ao kit com comida e bebida. "É para economizar, vale mais a pena", diz Park. "Ano passado, não trouxe [o cooler] e gastei mais do que o planejado."

A vendedora Carla Maiara da Silva, 17, diz que sentiu uma mudança no perfil da praia nos últimos tempos.

"Estão trazendo mais coolers e tendas. Já trouxeram até churrasqueira. Nunca tinha visto isso."


1 comentário:

  1. Ah!!! Tuga leva sempre merenda para onde vai!!! Aqui não é novidade! Tendo filhos então é obrigatório! E não acho "brega", só assim sabemos o que comemos. Aqui à volta das praias vendem quase sempre as mesmas coisas, se estiveres muitos dias no lugar acaba por enjoar. Cabe aos restaurantes / cafés / bares atrair as pessoas com coisas supostamente melhores do que elas levam de casa. Aqui muitos de nós levam comida própria, mas acabamos por ir aos pontos de venda também. E agora levamos comida "leve" (sanduíches / saladas / iogurtes), mas antigamente era quase como em casa. Vivi para contar que já comi feijoada na praia! :-P

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