O "Iutubi"

Berta:

Hoje resolvi dar uma segunda oportunidade e voltar a comentar vídeos de temáticas luso-brasileiras no YouTube, mas já estou com medo do que aí vem...

Quem vê vídeos no YouTube, particularmente vídeos de assuntos mais nacionalistas, já é capaz de se ter deparado com trocas de palavras menos simpáticas entre portugueses e brasileiros. Em abono da verdade algumas delas são de categoria 'hardcore'. E não é preciso muito para logo se encetar a guerrilha verbal, às vezes basta aparecer. É muito triste, e muitas vezes sinto-me envergonhada ora pelos meus conterrâneos, ora pela forma como somos erradamente avaliados só por sermos portugueses. 

As acusações são as do costume e vamos tentar falar delas aos poucos na rubrica "Mitos e Lendas", mas hoje falo de um episódio caricato que se passou comigo há uns tempos no YouTube e que foi uma colisão frontal com esta realidade, com vítimas a lamentar. 

Sobre a série portuguesa "Último a Sair", que era uma sátira aos 'reality shows', mas que se fazia passar por um programa do género, estava eu num vídeo a explicar inocentemente isso mesmo, que era um programa "muito à frente", quando recebo um comentário do Brasil que quem ia andar à frente era eu e atrás esse senhor a fazer e a acontecer. Ia gentilmente recusar o convite, porque vi logo que romantismo não era o forte do homem, mas ele eliminou o vídeo antes disso e eu passei por portuguesa-loura-burra (três clichês de uma só vez, vai buscar!). 

Assim, e até hoje, dei por interrompida a minha incursão comentarista em vídeos luso-brasileiros sem menção honrosa. Isto de insultar alguém anonimamente deve ser muit’a bom para espantar o stress, mas não é para mim. Como boa mulher do norte, gosto de insultar cara-a-cara, agarrar os colarinhos... :-P Agora estou para ver quando nos aparece aqui no blog / página um destes 'haters'. Infelizmente, acho que é uma questão de tempo... Preparada, Tuca Maria? 

Pronto, fica o aviso: vão ao "Iutubí", divirtam-se, mas vão já mentalizados em enriquecer o vosso calão.

AH! Lembrei-me que o homem disse que vivia na Alemanha e que até sentia nojo só por às vezes ter de sobrevoar Portugal! Há que criar uma rota especial para estas pessoas que sofrem...