Somos duas amigas, nascidas no mesmo ano, mas em continentes diferentes, uma na terra do fado, outra na terra do samba, uma loira, outra morena, com um oceano pelo meio, mas que só fisicamente nos separa. Gostamos ambas de nos divertirmos e de coisas bonitas. Sim, vaidosas q.b.. As nossas intermináveis conversas com sotaques sobre quase tudo dão um blog. Porque ainda há muito a descobrir entre os dois países. E afinal não somos tão diferentes assim.



segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A minha história com o Brasil


Berta:
Tenho uma história curiosíssima que me liga ao Brasil e que recuperei há meses. 

Não conheci o meu avô materno, pois ele faleceu em Angola a minha mãe ainda era uma criança. Uma irmã desse meu avô, por sua vez, já vivia no Brasil. A minha avó não manteve ligação, mas sabíamos da sua existência. 

Era eu adolescente, longe de haver Facebook, Skype e afins (havia o mIRC!!!), tinha muita mania de me corresponder (sim, por carta, olha que coisa tão século passado!) com pessoas de todo o mundo, até para praticar o meu Inglês (2-3 dessas ligações mantenho até hoje). Tinha duas dessas penfriends no Brasil (infelizmente essas eu perdi o contacto). Uma delas, quando lhe falei que tinha parentes no Rio, deu-se ao trabalho de procurar pelo meu sobrenome Balinho em listas de telefone antigas e... achou! Era mesmo essa minha tia-avó!!! 

Como eu era mais jovenzinha, achei que havia de ser a minha mãe a retomar esse contacto com as primas e elas ainda se corresponderam bastante tempo, até que se foi perdendo a ligação outra vez, porque a minha mãe perde coisas, esquece-se... Ai, ai, menina mãe. Há uns meses, ela recebe um telefonema de duas dessas primas, que estavam na nossa cidade! E elas conheceram-se pela primeira vez!!! Primas direitas! Mais: descobri que tenho uma outra tia-avó, que mora pertinho de mim e achei-a adorável, cheia de genica e saúde! 

Regressadas ao Brasil, através do Facebook ganhei várias primas novas, que ainda me custa compreender quem é quem, até porque adoptaram os apelidos dos maridos, então jamais eu iria chegar até elas. E o longe se fez perto

Beijinhos para as primas e para a minha tia-avó, que fez há pouco 97 anos!!! 

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