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Nível do sistema Cantareira, em SP, cai para 19,8%; menor nível histórico
O nível do reservatório de água do Sistema Cantareira, que abastece quase 10 milhões de habitantes da capital paulista e da Grande São Paulo, está em 19,8%, informou a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) neste domingo (9). É o nível mais baixo da história dos reservatórios do Cantareira, criados em 1974, e que têm registrado chuvas abaixo da média.
Segundo levantamento diário da Sabesp, até este domingo o volume de chuva acumulado para o mês no sistema é de 1,3 milímetro, ante média histórica do mês de 202,6 milímetros.
Em janeiro, as chuvas também ficaram bem abaixo da média, em 87,8 milímetros, ante 259,9 milímetros esperados para o período. No final do mês, o volume de água no reservatório era de 22,2%.
A Sabesp está oferecendo desconto de 30% na conta dos usuários abastecidos pelo sistema Cantareira que economizarem pelo menos 20% do consumo médio dos últimos 12 meses.
Em São Paulo, zona norte, centro e partes das zonas leste e oeste são abastecidos pelo sistema. Na Grande São Paulo, Barueri, Caieiras, Carapicuíba, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itapevi, Jandira, Osasco e Santana de Parnaíba dependem da reserva da Cantareira.
Sabesp diz que nada muda
Em nota, a Sabesp informou que não deverá fazer alterações na operação do sistema Cantareira. "A Sabesp esclarece que o fato do sistema Cantareira estar abaixo dos 20% não altera as medidas operacionais. Apesar de ser o menor índice da história do sistema, a Companhia espera as chuvas previstas para a segunda quinzena de fevereiro", disse a empresa.
Risco
O aumento do volume máximo de água produzido pelo Sistema Cantareira, a partir de 2004, agravou a situação de esvaziamento de represas, até chegar a um atípico verão sem chuva.
Um estudo feito pelo especialista em hidrologia Antônio Carlos Zuffo, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), indica que o aumento de produção do sistema desconsiderou períodos históricos de pouca chuva.
O Cantareira começou a ser construído com base em um período de poucas precipitações - que durou de 1935 a 1969.
Nas duas décadas seguintes, no entanto, o volume de precipitações aumentou e a vazão subiu até 30%.
Fonte: Uol
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