25 de Abril, Dia da Liberdade! 40 anos!

Berta:

Dia da Liberdade! Hoje é feriado em Portugal. A Revolução dos Cravos faz 40 anos!

A 25 de Abril de 1974, deu-se em Portugal uma revolta por parte dos militares, que levaram a cabo um golpe de Estado, que colocaria um ponto final no regime ditatorial do Estado Novo, em vigência desde 1933.

Tudo foi orquestrado pelo Movimento das Forças Armadas, que era composto por militares que haviam participado na Guerra Colonial e também por estudantes universitários, e que de imediato teve o apoio da generalidade da população portuguesa, juntos conseguindo a implantação do regime democrático e a instauração da nova Constituição a 25 de Abril de 1976.

Após a revolução foi criada a Junta de Salvação Nacional, que nomeou António de Spínola como Presidente da República e Adelino da Palma Carlos como Primeiro-Ministro.

Os dois anos seguintes foram de grande agitação social, período que ficou conhecido por PREC (Processo Revolucionário em Curso).

Eu sou "produto pós-revolucionário" (ainda sem se conhecerem, na altura o meu pai era comando na "colónia" Moçambique e a minha mãe uma jovem airosa na "metrópole"), mas claro que já ouvi vários relatos, alguns quase inacreditáveis, da vida antes do golpe de Estado. A Censura, a PIDE eram execráveis. Haveriam também aspectos positivos, mas as populações viviam em grande sacrifício (infelizmente paira na actualidade sobre nós a mesma sombra). 

A Democracia ainda é muito jovem em Portugal, acho que ainda estamos muito na fase de saber o que podemos ou não fazer com a Liberdade, mesmo assim são conquistas de que nos devemos orgulhar e celebrar. O país pode não estar muito melhor, mas pode dizê-lo sem medos.

Viva o 25 de Abril! Sempre! 

Algumas fotos da época.

Um clip do filme "Capitães de Abril" de Maria de Medeiros, que retrata alguns dos acontecimentos daquele dia. A música de fundo "Grândola, Vila Morena" foi composta e cantada por Zeca Afonso e escolhida pelo Movimento das Forças Armadas para ser a segunda senha da Revolução dos Cravos. Tornou-se assim símbolo da democracia em Portugal.