Somos duas amigas, nascidas no mesmo ano, mas em continentes diferentes, uma na terra do fado, outra na terra do samba, uma loira, outra morena, com um oceano pelo meio, mas que só fisicamente nos separa. Gostamos ambas de nos divertirmos e de coisas bonitas. Sim, vaidosas q.b.. As nossas intermináveis conversas com sotaques sobre quase tudo dão um blog. Porque ainda há muito a descobrir entre os dois países. E afinal não somos tão diferentes assim.



segunda-feira, 12 de julho de 2021

Fomos à "Vinhos a Descobrir"

 Berta:

O bloguinho está lentamente a desconfinar e nada melhor que começar com bons vinhos🍷

Estivemos presentes na última edição do certame "Vinhos a Descobrir", organizado no Mercado Ferreira Borges, no Porto.

Lá conversei com alguns dos produtores presentes, falámos dos desafios que têm enfrentado com a pandemia com a desacelaração quase que total das exportações e fecho do canal horeca (hotéis, restaurantes e cafés). Foi bom perceber que muitos se aguentaram devido à estabilidade financeira que já detinham e também às vendas online. Quem nestas quarentenas não exclamou "Haja vinho!". 😂

Foi um prazer conhecer nomeadamente a Quinta das Fontaltas, de Resende, com os vinhos da família Namora, um projecto recente encarado como um regresso às origens e revitalização do legado existente.

Mais ousado é o projecto da Divai, de Estremoz, que está apostado na transição gradual para a produção sustentável e biológica, respondendo às necessidades do mercado, principalmente o estrangeiro. São vinhos sem nenhuma adição de sulfitos, mais puros e plenos de natureza. 

Com a Quinta de Salvante, de Valpaços, ficamos a conhecer a sua tradição na produção de vinhos, mas também de mel e azeite. Que combinação apetecível!

Sou praticamente uma nulidade em vinhos, bebo pouquinho e jamais consigo beber sem "forrar o estômago", mas gosto do sabor dos vinhos do Douro e da suavidade dos alentejanos. Agora falar de castas, blends, notas, barricas... fica para uma próxima!

Uma coisa é certa: os vinhos portugueses são dos melhores a nível mundial. Tenho pena que lhes falte um pouco de impulsão para chegar a públicos mais exigentes, que valorizam muitos os franceses, os italianos, não ficando os nossos nada atrás, do que ouço de connaisseurs

O mercado brasileiro é importantíssimo, por isso estes produtores entrarem no Brasil é sempre um passo de gigante, geralmente bem sucedido, mas cheio de contingências também. 

Muito sucesso para todos os expositores! Que estas empresas com a sua diversidade, conhecimentos e perseverança continuem a mostrar o que de melhor sempre se fez, faz e fará em Portugal: os seus vinhos! Saúde!

Obrigada "Vinhos a Descobrir" pelo convite! Até à próxima, de copo na mão!

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